
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Stop and think!
Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome "de guerra". Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.
Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui. Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui. Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.
Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais dificil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos. Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.
Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. "És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro." - disseram-me - "Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção". Fiquei.
Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. "Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom curriculo, arranjarei trabalho num instante". Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira 'congelada'. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como "nativa". Tinha como ordenado 'fixo' 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro ministro, só tinha 24 horas...
Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci - felizmente! - também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.
Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.
Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar...
Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer? Que devo responder ao meu filho de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores - e cada vez mais raros - valores: um ser humano em formação.
Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.
Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal OU feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro
e como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus
Myriam Zaluar, 19/12/2011 "
Retirado daqui
sábado, 17 de dezembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
I give you my heart
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Head full of questions
Não sei como vai ser daqui para a frente, só espero que, depois de quebrarmos o gelo, todos fiquemos amigos para todo o infinito. Oh, yes.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
We are not losers!
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Why do I love you?
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
sábado, 6 de agosto de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
I can't understand
segunda-feira, 27 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
Since 26/06/2008
terça-feira, 21 de junho de 2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Happy b-day!

quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Don't cry because it ended. Smile because it happened.

segunda-feira, 6 de junho de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Stop
Não têm esse direito. Ninguém tem o direito de julgar seja quem for sem conhecer muito bem a pessoa. E, pelo que já vi, tu não me conheces. Sou mais do que aquilo que pensas, sou mais do que aparento. Por isso, pára de pensar que sabes tudo aquilo que sou, porque não sabes. Aliás, são poucos os que sabem. E esses sim podem julgar-me, porque conhecem o meu melhor e pior.
Foi só um desabafo,não é para ninguém em especial,
mas para todos os quais isto se aplique
domingo, 15 de maio de 2011
quinta-feira, 5 de maio de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
The best of me
quinta-feira, 14 de abril de 2011
The moon is enough
Sempre soube que não devia esforçar-me só para o mínimo. Ter debaixo de olho o patamar acima ajuda-nos a alcançar os nossos objectivos. Mas, às vezes, "mais vale um pássaro na mão que dois a voar".
Thanks
segunda-feira, 21 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
Don't let me down
A desilusão, embora pareça, não é algo fraquito e passageiro. Dói. Faz-nos gostar um bocadinho menos de alguém, ainda que nem sempre se note.
Até hoje, nunca encontrei ninguém que nunca me tivesse desiludido. Será que devo desistir de procurar?
sábado, 5 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Oitavo dia - três coisas que tu gostarias de esquecer .
2- Aqueles que nunca quiseram o meu bem.
3- As palavras mal ditas/ as acções que não deviam ter sido feitas.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Sétimo dia - quatro coisas que tu nunca esqueceste.
2- A nossa história, tim-tim por tim-tim.
3- Aquele fim-de-semana com a minha turma do 9º ano.
4- A minha primeira actuação de dança.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sexto dia - cinco pessoas que significam muito para ti.
Não são bem cinco, mas pronto ...
1- D*
2- Pais
3- Avós
4- Irmã
5- Madrinha
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Quinto dia - seis coisas que tu gostarias muito de fazer e que ainda não fizeste.
2- Olhar à minha volta e ver que não há tristeza nem coisas más.
3- Voar.
4- Tornar-me invisível.
5- Conseguir fazer o pino, a roda e a espargata.
6- Ser actriz.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Quarto dia - sete coisas que cruzam muito a tua mente.
2- Pobreza e carência de afecto que há no mundo.
3- Futuro.
4- Será que vai chover amanhã?
5- Desemprego e crise económica.
6- Espinhas, pontas espigadas e afins.
7- Recordações.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Terceiro dia - oito maneiras de ganhar o teu coração.
1- Ser humilde.
2- Ser minimamente altruísta.
3- Gostar de si mesmo/a, tal como é.
4- Fazer-me rir e rir-se comigo.
5- Mostrar-se fiel.
6- Mostrar-se confiável.
7- Respeitar os direitos dos outros.
8- Ser justo/a e sincero/a.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Segundo dia - nove coisas sobre ti.
2- Tenho uma irmã mais nova que me chateia muito e que eu amo.
3- Costumo ser espontânea naquilo que faço, o que às vezes não é muito bom, e outras vezes sou demasiado ponderada.
4- Odeio injustiças e falta de humildade.
5- As pessoas egocêntricas e egoístas põem-me fora de mim.
6- Adoro falar e cantar sozinha.
7- Danço num grupo fantástico.
8- Estou em Ciências, mas sempre quis ser actriz.
9- Tenho um namorado lindo que trata muito bem de mim :)
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Primeiro dia - dez coisas que tu gostarias de dizer a dez pessoas diferentes agora.
2- És a melhor do mundo !
3- Sei que te esforças muito, és um exemplo para mim.
4- Lá no fundo, gosto muiiito de ti (:
5- Cresce e aparece -.-
6- Tenho saudades tuas :$
7- Olha à tua volta e verás que, afinal, os teus problemas não são tão grandes como parecem.
8- Eu NÃO quero ir!
9- Nunca me esquecerei de ti.
10- Obrigada.
Desafio
Consiste em fazer um post, todos os dias, durante dez dias, em que se responde ao seguinte:
Primeiro dia - dez coisas que tu gostarias de dizer a dez pessoas diferentes agora.
Segundo dia - nove coisas sobre ti.
Terceiro dia - oito maneiras de ganhar o teu coração.
Quarto dia - sete coisas que cruzam muito a tua mente.
Quinto dia - seis coisas que tu gostarias muito de fazer e que ainda não fizeste.
Sexto dia - cinco pessoas que significam muito para ti.
Sétimo dia - quatro coisas que tu nunca esqueceste.
Oitavo dia - três coisas que tu gostarias de esquecer .
Nono dia - dois smileys que descrevem a tua vida agora.
Décimo dia - uma confissão.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
It's so good!
É tão bom quando me fazes rir.
É tão bom quando eu sinto este amor tão forte a saltar-me do peito!
Sou tãooo feliz contigo, ... e isso é tãooo bom! (:
domingo, 30 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Challenge
domingo, 16 de janeiro de 2011
Never alone
